Crime Cibernético – MPMG deflagra Operação Aquiles para apurar produção, aquisição e venda de material de exploração sexual infantojuvenil
E realiza prisão de um dos investigados. Homem assediava e pagava valores a alunos de escolas particulares de Belo Horizonte para que lhe fossem enviados vídeos e fotos
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate aos Crimes Cibernéticos (Gaeciber) e da 26ª Promotoria de Justiça de Belo Horizonte, com apoio da Polícia Militar de Minas Gerais e da Polícia Civil de Minas Gerais, deflagrou, nessa quinta-feira, 29 de fevereiro, a Operação Aquiles. A operação cumpriu ordens judiciais de busca e apreensão e de quebra de sigilo de dados na cidade de Belo Horizonte, para investigar a produção, aquisição e venda de material de exploração sexual infantojuvenil (“pornografia infantil”) em grupos de WhatsApp.
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Chegou ao conhecimento do MPMG, por meio da mãe de um adolescente, que alguém estava assediando alunos de grandes colégios particulares da capital para que lhe enviassem fotos e vídeos de nudez e atos libidinosos. O autor fazia o pagamento de pequenos valores via pix para os adolescentes em troca desses conteúdos. As fotos e vídeos eram voltados, principalmente, a fetiches de podolatria e sadomasoquismo.
Durante a investigação, foram obtidas evidências de que o investigado, além de fazer uso das imagens, vende tais fotos e vídeos a terceiros. Há também indícios de que ele atraia jovens para encontros presenciais com o fim de praticar atos libidinosos.
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Após coletas de provas digitais e análises de dados, foi identificado o autor das mensagens e dos pagamentos, levando à deflagração da operação. Foram apreendidos um telefone celular, computadores, HDs e pen drives. Nos terminais do investigado foram encontradas fotografias e vídeos contendo cenas de sadomasoquismo e pornografia envolvendo adolescentes.
O investigado foi preso em flagrante pela prática do crime do art. 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente e conduzido à delegacia. Participaram da operação dois promotores de Justiça e nove policiais.
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A operação foi denominada Aquiles em razão da fixação do investigado em fetiches por pés. O processo se encontra sob sigilo judicial e terá continuidade com a análise dos dados obtidos para identificação de vítimas e dos demais envolvidos nos crimes.
Os pais de alunos que suspeitarem que seus filhos tenham sido vítimas de crimes relacionados a este caso podem procurar o Ministério Público de Minas Gerais.
Os telefones da Ouvidoria do Ministério Público de Minas Gerais são 127 e 3330-9504. A manifestação pode ser feita também pela internet, no portal do MPMG – www.mpmg.mp.br – na seção Atendimento ao Cidadão.
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