APAE de Três Pontas celebra 53 anos com animada festa junina e mostra força da inclusão
Evento festivo reúne comunidade, autoridades e talento artístico, reafirmando o papel transformador da instituição no Sul de Minas
A manhã ensolarada do sábado, 14 de junho, foi embalada por alegria e afeto durante a celebração dos 53 anos da Apae de Três Pontas, realizada em frente à instituição. Uma animada festa junina foi o detalhe festivo que trouxe risos, cores e sabores típicos à Rua Barão da Boa Esperança, transformando-a num cenário acolhedor.
Barracas decoradas ofereceram delícias, tais como pastel, churros, maçã do amor, canjica e cachorro-quente, enquanto crianças e famílias se acomodavam em mesas e cadeiras ao longo da via, criando uma atmosfera de confraternização comunitária.
Não faltaram brincadeiras carismáticas: escorregador, piscina de bolinha, touro mecânico, pescaria e treme-treme divertiram o público e mostraram a alegria contagiante dos usuários e visitantes.
Entre expectativas, sorrisos e palmas, as apresentações artísticas também protagonizaram. Professores e alunos dançaram, esquentando o clima com coreografias cheias de encanto. Cada um, à sua maneira, arrancou aplausos, emocionou a plateia e reforçou o espírito de união que marca a trajetória da Apae trespontana.








Apae de Três Pontas celebra 53 anos com animada festa junina e mostra força da inclusão
Projeto Arte: Usuários fazem releitura de pintores consagrados
Ivan Cruz, Candido Portinari, Tarsila do Amaral, Heitor dos Prazeres, Juan Godoy, Aldemir Martins, Romero Britto e o neerlandês modernista – Piet Mondrian. Esses e outros pintores/artistas plásticos famosos inspiraram um Projeto de Arte que materializou a preocupação da Apae em incluir os usuários a conteúdos e vivências que ampliam seu repertório cultural.
Por meio da releitura de obras desses artistas renomados, cada participante pôde expressar sua visão, suas habilidades e suas emoções, respeitando seus limites e potencializando suas capacidades. A proposta, mais do que artística, foi um trabalho inclusivo, sensível e educativo, mostrando que a arte é uma ponte acessível para todos, independentemente do nível de comprometimento físico e mental.










Projeto Arte: por meio da releitura de obras de artistas renomados, cada participante pôde expressar sua visão, suas habilidades e suas emoções, respeitando seus limites e potencializando suas capacidades
“Mostramos a eles que existe arte, que existem pintores consagrados, e demos a chance de vivenciarem esse universo. Essa é uma forma concreta de inclusão e valorização do ser humano. É emocionante ver nossos usuários conhecendo Ivan, Tarsila e tantos outros, e reinterpretando essas obras com suas originalidades e respeito”, comentou a coordenadora da área de Educação e da Reabilitação Intelectual do CER III da Apae de Três Pontas, Francini Gonçalves, emocionada com os resultados do Projeto.
A Exposição, na quadra poliesportiva da Apae, também foi atração no dia da festa de aniversário.

Elos de crescimento
A comunidade trespontana, incluindo autoridades municipais, compareceu em peso. “A presença do povo, das lideranças, impulsiona nosso trabalho, dá visibilidade e fortalece a Apae. Não tenho palavras para agradecer o apoio da comunidade à instituição. Se não fosse essa presença constante, dificilmente a Apae cresceria a ponto de se tornar uma referência regional, estadual e até mesmo nacional – já que temos projetos nacionalmente reconhecidos, premiados, inspiradores”, destacou a superintendente da Apae, Maria Rozilda Gama Reis.
Ainda segundo análise da superintendente, cada pessoa que se envolve com o cotidiano da Apae – seja como profissional, voluntário, familiar, parceiro, amigo – se torna um elo fundamental dessa corrente de afeto, respeito e inclusão. “São esses elos, firmes e constantes, que impulsionam o crescimento da instituição e fortalecem, a cada dia, sua missão de transformar vidas com dignidade e amor. A cada um, nosso muito obrigado”, reforçou Rozilda Gama.

O evento comemorativo reafirmou a importância da Apae, que oferece educação e reabilitação a centenas de pessoas da cidade e região. A festa provou que, além de apoio técnico, a instituição proporciona inclusão, cultura e dignidade, plantando sementes de pertencimento e afetividade na vida de cada criança e jovem atendido.
Aos 53 anos, a Apae de Três Pontas segue firme, celebrando seu aniversário, mas também a continuidade de um sonho coletivo, o sonho de construção de uma sociedade mais justa, acolhedora e encantada pela diversidade.
Um pouco de história
Fundada como entidade de caráter filantrópico, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Três Pontas (Apae), foi criada para dedicar-se ao bem-estar das pessoas com deficiência com base em trabalho comunitário, procurando congregar pais e amigos dispostos a trabalhar em prol desta causa. Em 14 de junho de 1972, um grupo de senhoras mobilizou a comunidade em Assembleia Geral, e foi fundada a Escola Pequeno Príncipe, a Apae de Três Pontas. Com um trabalho visionário, a instituição cresceu e se desenvolveu, oferecendo nos seus atendimentos qualidade e reabilitação. Ganhou reconhecimento da sociedade e está sempre a frente às exigências dos órgãos competentes que lutam pelos direitos das pessoas com deficiência.
No decorrer do tempo, a Apae trespontana se consolidou como referência para a região conquistando habilitação como Centro Especializado em Reabilitação – CER III junto ao Ministério da Saúde, ofertando serviços nas áreas de reabilitação física, auditiva e intelectual. Atualmente atende cerca de 3.500 pessoas, dentre alunos e usuários nas áreas de Saúde, Educação e Assistência Social, beneficiando Três Pontas e mais 19 municípios vizinhos.
Na Educação oferece Creche, Ensino Fundamental I, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e ainda o Projeto Educação ao Longo da Vida e a Educação Colaborativa – respectivamente desenvolvidos em parceria com a Federação das Apaes do Estado de Minas Gerais e Secretaria Municipal de Educação.
Ainda nas ações da instituição, estão o apoio terapêutico, por exemplo, em Psicologia, Fonoaudiologia, Fisioterapia, Nutrição e Odontologia; a Apae Dia e projetos de autossustentabilidade, como a padaria “Apãezinhos” que produz delícias da panificação com o mais alto padrão de qualidade e higiene e reverte toda a renda para a manutenção dos serviços ofertados pela Apae e às pessoas com deficiência e seus familiares.
Hoje, com mais de 100 colaboradores e equipe multidisciplinar, a Apae de Três Pontas mantém-se fiel à missão de promover inclusão, qualidade de vida e autonomia para pessoas com deficiência, apoiada por parcerias institucionais e pelo engajamento da comunidade trespontana.


Sede da Apae em Três Pontas, com a padaria Apãezinhos. Na foto seguinte, a presidente Verônica e a superintendente Rozilda durante Congresso Nacional das Apaes 2023 em que a instituição trespontana recebeu três premiações por projetos inovadores e que servem de exemplo para outras Apaes do Brasil
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