Dia Nacional de Prevenção ao Afogamento Infantil alerta para riscos dentro e fora de casa

Crianças são as principais vítimas de afogamentos no Brasil, com quatro mortes por dia; 54% desses casos ocorrem em ambientes domésticos

No Brasil, o afogamento é uma das principais causas de morte entre crianças. Instituído por lei, o Dia Nacional de Prevenção ao Afogamento Infantil, lembrado em 14 de abril, tem como objetivo alertar pais, responsáveis e toda a sociedade sobre os riscos e a importância da prevenção. De acordo com a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), o afogamento já é a segunda maior causa de óbitos entre crianças de 1 a 4 anos de idade, e a quarta entre crianças e jovens de 5 a 24 anos.

Dia Nacional de Prevenção ao Afogamento Infantil alerta para riscos dentro e fora de casa
O Brasil é um dos países com o maior número de pessoas afogadas em todo mundo. Na foto, CBMMG durante buscas a uma vítima fatal de afogamento no Lago de Furnas, em Alfenas, Sul de Minas Gerais

Ambientes familiares escondem grandes perigos

Um dado alarmante é que 54% das mortes por afogamento entre crianças menores de 9 anos ocorrem dentro de casa, principalmente em piscinas residenciais. Entre crianças maiores de 10 anos, os riscos aumentam em águas naturais, como rios, lagos, cachoeiras. São quatro mortes de crianças por afogamento todos os dias no Brasil, sendo uma dentro do próprio lar.

Supervisão salva vidas

A Sobrasa reforça o lema: “Prevenir é salvar; educar para não se afogar”. Uma das orientações mais importantes é nunca deixar uma criança sozinha perto da água, mesmo que saiba nadar. A recomendação é que o adulto permaneça sempre a uma distância de um braço da criança e jamais sob o efeito de álcool ou distraído com o celular.

Educar para prevenir

Para a professora de Natação, Renata Andrade, além da supervisão constante, é fundamental que as crianças sejam educadas sobre os diferentes ambientes aquáticos. “É preciso explicar as diferenças entre nadar em uma piscina e nadar em rios, represas, cachoeiras ou no mar. A criança pode saber nadar, mas, ainda assim, se afogar se não tiver prudência”, afirma.

Renata também chama atenção para outros perigos dentro de casa: “baldes, banheiras, pias e até vasos sanitários representam risco para os pequenos. Uma criança que começa a se locomover sozinha já está em perigo. Ela pode se afogar mesmo com pouco volume de água”, alerta. A recomendação é nunca deixar crianças sozinhas em qualquer tipo de ambiente que contenha água.

Atenção 100% do tempo

A mensagem mais importante nesta data é clara: criança segura é criança supervisionada o tempo todo. Prevenção salva vidas e deve ser prioridade. O afogamento é rápido, silencioso e, na maioria das vezes, pode ser evitado com simples cuidados.

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A professora de Natação, Renata Andrade, orienta alunos sobre prudência, mesmo para quem já sabe nadar (Crédito: arquivo SintonizeAqui)

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