Por Matheus Brito, psicólogo: “é importante estarmos atentos aos sinais de sofrimento emocional em nós mesmos e nas pessoas ao nosso redor“

Conforme os anos passam e a sociedade se modifica, é necessário que as pessoas se adaptem ao ritmo dessas transformações. Muitas vezes, não conseguimos acompanhar o rápido avanço tecnológico e social que nos cerca. Em meio a tudo isso, nossa saúde, tanto física quanto mental, vai ficando fragilizada e definhando, pouco a pouco. Quando menos percebemos, estamos carregados de sentimentos negativos que prejudicam nossa sanidade mental.

Falar sobre saúde mental é essencial para reduzir o preconceito e oferecer suporte àqueles que sofrem em silêncio. Muitas vezes, as pessoas que sofrem com isso enfrentam grande dificuldade em expressar o que sentem, seja por medo de serem julgadas, por não acreditarem que suas dores possam ser compreendidas, ou por acharem que seu sofrimento não é “tão grave”, minimizando seus próprios danos.

É fundamental perceber que nossas vidas envolvem inúmeros cuidados, tanto com a saúde mental quanto com a saúde física, além da importância de criar redes de apoio. Esses espaços podem oferecer escuta e acolhimento, como os consultórios de psicólogos e psiquiatras, o convívio familiar saudável, entre outros, que nos lembram constantemente que ninguém precisa lidar com suas dores sozinho.

Além disso, é importante estarmos atentos aos sinais de sofrimento emocional em nós mesmos e nas pessoas ao nosso redor, como o isolamento, mudanças bruscas de comportamento, tristeza persistente ou falta de esperança. Reconhecer esses sinais pode ser um passo crucial para cuidar da nossa saúde mental e da saúde das pessoas que amamos.

Em momentos de crise, é fundamental saber a quem recorrer. No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) atende pelo telefone 188 ou pela internet, oferecendo apoio emocional e sigiloso 24 horas por dia. Se você conhece alguém que está passando por um momento difícil, ofereça sua escuta sem julgamentos e encoraje essa pessoa a procurar profissionais de saúde mental, como psicólogos e psiquiatras.

Neste Setembro Amarelo, vamos fortalecer a rede de apoio e promover uma cultura de cuidado com a saúde mental, onde falar sobre o que sentimos seja visto como um ato de coragem e amor à vida. A valorização da vida é um compromisso de todos nós. Lembre-se: ninguém luta sozinho. Pedir ajuda não é sinal de fraqueza, mas sim de coragem e sabedoria. É um ato de amor-próprio e investimento na saúde mental e emocional.

Matheus Leopoldino de Brito
Psicólogo – CRP 04/75279

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