Férias exigem cuidados redobrados para evitar afogamentos
Professora de Natação, Renata Andrade, intensifica explicações teóricas e práticas para afastar os riscos nas atividades aquáticas
O período de férias é sempre aguardado com grande expectativa, oferecendo a oportunidade perfeita para relaxar e desfrutar de momentos agradáveis em locais como praias, piscinas e represas. No entanto, é essencial que as famílias estejam cientes dos riscos associados a atividades aquáticas, sendo a prevenção de afogamentos uma preocupação crucial para garantir a segurança de todos.
Em Minas Gerais foram registrados 227 afogamentos com morte entre janeiro e setembro deste ano. A maioria aconteceu em meses quentes, de acordo com levantamento do Corpo de Bombeiros. De lá pra cá muitos outros casos têm acontecido, vitimando crianças e adultos.
A prevenção de afogamentos começa com a conscientização. É fundamental que as pessoas entendam os perigos associados à água e compreendam a importância de seguir as diretrizes de segurança. Informações sobre correntes perigosas, profundidade da água e sinalização local são aspectos cruciais a serem considerados ao planejar atividades aquáticas.
Educação
Investir em educação aquática é uma maneira eficaz de promover a prevenção de afogamentos. Aulas de natação para crianças e adultos podem aumentar a confiança na água e ensinar habilidades de sobrevivência essenciais. Além disso, a conscientização sobre as técnicas de resgate básicas pode desempenhar um papel significativo na redução dos riscos.
Aproveitando o Mês da Segurança Aquática, a professora de Natação, Renata Andrade, reforçou explicações teóricas e práticas sobre prevenção a afogamentos e acidentes na água. O tema foi destaque em todas as aulas ministradas no Trespontano Olímpico Clube (TOC) em novembro. “Acho importantíssimo explicar as diferenças entre ‘nadar’ em uma piscina e em águas abertas: rio, lago, represa, ambiente de cachoeira, mar e sensibilizar os alunos para o fato de que, quem sabe nadar, pode morrer afogado se não tiver prudência”.
Em suas aulas, Renata Andrade fez várias simulações – por exemplo, de queda acidental em água. Para vivenciar a diferença, crianças participaram de pijama ou com “look do dia a dia”. “Elas e adultos com roupas ‘normais’ saíram da perspectiva que já estão acostumados, a de entrar com roupa de banho na piscina, e aprenderam muito com a nova experiência, sentiram as mudanças e perceberam a maneira correta de lidar com situações semelhantes”, comenta a professora.
Supervisão Constante e Uso de Equipamentos de Segurança
A supervisão constante é uma medida vital para evitar incidentes de afogamento ainda que a criança, o adolescente e até mesmo o adulto saiba nadar. E isso foi alertado para os alunos maiores e ainda para os pais e babás que acompanharam os menores durante as aulas de natação.
Renata destaca que os perigos estão também “em outros ambientes familiares, tais como baldes, banheiras, pias e até vasos sanitários. Para uma criança que está começando a andar, por exemplo, três dedos de água representam um grande risco, por isso nunca deixe os pequenos, especialmente os da faixa etária até dois anos, próximos a qualquer recipiente com água sem vigilância”, orienta.
Não pular em piscina, nem mesmo em pé; não entrar em águas desconhecidas; não nadar sem supervisão de um adulto; não deixar brinquedos perto de piscinas, banheiras foram alguns conselhos. “A água é perigosa e vocês têm o privilégio de estar aqui aprendendo a nadar e a ter cuidado, então aproveitem e coloquem o aprendizado em prática onde estiverem”, estimulou Renata Andrade.
Vale ainda outro lembrete: o uso adequado de equipamentos de segurança deve ser uma prioridade, especialmente em locais onde a profundidade da água é variável e as condições podem mudar rapidamente. “Na nossa região, é comum vermos – pelas redes sociais – famílias, grupos de amigos fazendo passeios de lanchas, barcos, de casas flutuantes pelo Lago de Furnas e poucos, ou ninguém, usando colete salva-vidas. Estão assumindo um risco enorme de fatalidade. Nas férias ou em qualquer época do ano a segurança deve ser prioridade, por isso, nunca me canso de passar informações para os alunos e, quando é o caso, para seus responsáveis”, pontua a professora de Natação.
“Nas férias ou em qualquer época do ano a segurança deve ser prioridade” – (Renata Andrade, professora de Natação)
Concluindo, a prevenção de afogamentos exige consciência, supervisão constante, uso adequado de equipamentos de segurança e educação aquática. Ao adotar essas medidas, as famílias podem desfrutar plenamente de suas férias, criando lembranças felizes e, ao mesmo tempo, garantindo a segurança de todos os envolvidos.
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