Imprensa trespontana está de luto: morre o jornalista “Fafá”
Rafael Mesquita Rocha tinha 83 anos e dedicou sua vida à família, à Comunicação, ao Jornalismo
Será sepultado às 17 horas desta sexta-feira (25), no Cemitério Municipal de Três Pontas, o corpo do jornalista Rafael Mesquita Rocha. “Fafá” como era popularmente chamado, sofreu um AVC na segunda-feira (21), deu entrada na UTI da Santa Casa de Misericórdia Hospital São Francisco de Assis, vindo a óbito nesta madrugada.
A notícia enlutou a imprensa trespontana. Nos bastidores e em redes sociais, jornalistas expressaram tristeza diante da morte do colega querido, respeitado, admirado e comentaram o quanto “Fafá” empreendeu e se destacou na Comunicação. Um reconhecimento antecipado pelo jornalista Roger Campos, que em seu veículo: Conexão Três Pontas, contou a História de Vida deste homem que deixa saudade e seu legado para toda a cidade e região, conforme reproduzimos a seguir.
Vida Pessoal
Rafael Mesquita Rocha nasceu na cidade de Campo do Meio (MG), em 5 de novembro de 1939, filho de José Gabriel da Rocha e Elisa Rabelo de Mesquita.
Conhecido carinhosamente como Fafá, casou-se com Marluce Alves Campos Rocha, uma relação de muito amor e respeito que gerou quatro filhos: Rafaela, Mariela, Ulisses e Annyela. É avô cinco vezes: Bruna, Luana, Paula, Gael e Francisco.
Vida Profissional
Ainda na cidade de Campo do Meio, começou sua vida estudantil nas Escolas Reunidas de Campo do Meio. Com a morte de seu pai, sua mãe, então com nove crianças, se mudou para Três Pontas. Fafá conseguiu uma bolsa de estudos através da ajuda de seu primo, o Monsenhor José Rabelo de Mesquita, no Colégio Salesiano de São João Del-Rei, onde concluiu o exame de admissão da época, onde ali executava os serviços de alto-falantes.
O amor pelo jornalismo, fez com que, ao chegar novamente em Três Pontas, iniciasse o curso ginasial do colégio São Luís. Na sequência, seguiu para Belo Horizonte para fazer um antigo curso clássico, onde aprendeu português, latim e francês e assim foi aflorando a sua paixão pela escrita jornalística.
Fafá é parte da História da Imprensa
Rafael Mesquita Rocha e a imprensa escrita, os jornais impressos, têm histórias que se cruzam ao longo dos anos. Até hoje, Três Pontas teve 46 jornais impressos. A maioria tinha circulação semanal, 4 páginas, pequenos formatos e tiragens que, apesar da inexistência de dados mais precisos, não atingiam, em média, mil exemplares por edição. A maioria também não sobreviveu por muito tempo. Alguns, no entanto, voltaram a circular mais tarde em novas fases. Muitos desapareceram sem muitas explicações, enquanto outros se despediram prestando contas.
A vocação para a comunicação despertou o interesse de veículos da capital mineira, surgindo então um convite para trabalhar no jornal Diário de Minas e depois no Jornal dos Esportes no final dos anos 60.
Ao lado de Haroldo de Souza Figueiredo lançou o primeiro shopping news da cidade de Três Pontas, chamado “Terra do Ouro Verde”, no ano de 1964, que era distribuído para os frequentadores do Cine Ouro Verde.
Entre os anos de 1964 e 1965 o jornal “Terra do Ouro Verde” chegava aos seus leitores, com um formato de semanário de 4 páginas e tamanho pequeno, com uma tiragem de 1.500 exemplares e, pela primeira vez, com distribuição gratuita. É considerado a continuação de dois outros jornais editados anteriormente (“O Mundo na Tela” e “Cine Ouro Verde”).
Nos anos 70 começou a escrever para diversos veículos, como a Revista dos Municípios Mineiros, O Cruzeiro, Jornal o Globo e Estado de Minas.
Ao longo dos seus 51 anos no jornalismo, criou ou editou informativos como Pólo Sul, Jornal da Câmara, Município de Três Pontas, Jornal da Cocatrel, Tribuna de Três Pontas, Jornal da Unicoop, Jornal do TOC, entre outros.
Durante mais de 40 anos foi o responsável pelo Jornal Vanguarda de Boa Esperança, Voz Diocesana e o jornal da Paróquia Nossa Senhora d’Ajuda. Tanto a assessoria de imprensa da Prefeitura quanto da Câmara foram criadas por Rafael Mesquita Rocha.
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