Mulher de Brasília (DF) tem bilhete premiado, paga dívida e atribui à intercessão do Beato Padre Victor
Angelita Costa afirma que não conhecia a história do Beato e que fez o jogo no impulso após orar diante da imagem do Anjo Tutelar dos trespontanos
“Eu acredito na intercessão. Eu acredito que Deus falou comigo, que Deus olhou por mim através deste padre”. A afirmação é de Angelita dos Santos Pereira da Costa. Copeira, 51 anos, ela se deparou com a imagem do Beato Padre Victor em um momento em que clamava por especial ajuda divina. Acometida por severa anemia, Angelita precisou se submeter a vários exames para descobrir a causa da doença e os gastos extras não estavam no orçamento. Assim, acumulou dívida junto ao plano de saúde. Diante da imagem do Anjo Tutelar dos trespontanos, a trabalhadora de Brasília (DF) rogou por uma solução. Queria muito pagar o que devia e manter limpo o grande patrimônio: seu nome. “Estava terminando de limpar o flat quando vi aquela imagem. Vi e orei explicando ao padre que eu precisava de dinheiro porque a cobrança ia chegar. Eu sabia que poderia quitar a conta com meu salário, mas que lá na frente passaria muito aperto. Orei e pedi se ele poderia me ajudar naquele momento porque não teria outra fonte para tirar o recurso”, comenta.
Emocionada, agradecida pela experiência de fé que está vivenciando, ela conta ainda que após a oração sentiu-se aliviada, que foi tomada por uma calmaria. O serviço daquele dia estava concluído. Já no caminho de casa, há poucos metros do flat, Angelita passou por impulso em uma lotérica, fez um jogo e, revela, seguiu tranquila, na certeza de que algo diferente iria acontecer. “Quando fui conferir meu bilhete, eu havia sido premiada. Paguei a conta, guardei o restante para o segundo boleto. Graças a Deus minha dívida está paga”, relata, afirmando: “nunca tinha ganhado nada na vida”.
Há sete anos, Angelita presta serviços para João Victor Mendes de Gomes e Mendonça, filho de Três Pontas (MG), Terra de Padre Victor. Garante que em todo esse tempo, jamais observou as imagens do Beato que o diretor executivo do Instituto de Transporte e Logística (ITL) preserva na sala do trabalho desde que assumiu o cargo, e na sala de casa – há cerca de apenas dois meses.
Na quinta-feira, 13 de julho, quando voltou ao ITL, perguntou ao gestor quem era o padre da estátua. Então, conheceu um pouco da história do sacerdote que paroquiou em Três Pontas por 53 anos, que teve o primeiro milagre reconhecido pela Igreja Católica e que pode se tornar o primeiro Santo negro do Brasil assim que um segundo milagre for aprovado na Congregação da Causa dos Santos, em Roma. “Contei para ele que tinha acontecido comigo uma coisa diferente e quero conhecer mais sobre este padre. Ele intercedeu por mim perante Deus”, afirma a brasiliense.
Angelita já frequentou diferentes igrejas cristãs e defende que todas as religiões são válidas desde que a pessoa aja corretamente “como Deus quer”. “Aprendi que Deus fala com a gente de maneiras distintas. Desta vez, vendo minha necessidade de continuar corretamente com meus compromissos, usou a intercessão do padre de Três Pontas”, acredita a jovem senhora que criou sozinha a filha única, hoje com 26 anos, estudada e com emprego fixo. Um orgulho para a trabalhadora que não orou para ser premiada em um jogo lotérico, mas que assim foi, certamente por entregar ao Beato a sua demanda, confiar plenamente em alguma providência divina e ser merecedora da total atenção, da imediata dádiva.
“Fiquei surpreso, feliz e agradecido à Deus que se revela de modos que até digo que nossa racionalidade tem dificuldade de compreender. Creio realmente que ela recebeu uma graça diante de uma situação concreta que ela vivia”. As palavras são de João Victor. O trespontano, devoto, confirma que nunca tinha comentado com Angelita a respeito do Beato por respeitar a fé que entendia que ela professava. “Após a premiação, quando ela entrou em minha sala e viu a imagem me perguntou sobre quem era Padre Victor e eu então contei a biografia do nosso Anjo Tutelar. Ela me relatou o ocorrido e me pediu para trazer uma imagem dele para ela”. O presente será entregue na próxima semana, conforme planeja o gestor.
João Victor ainda destaca: “importante perceber que ela não pediu para ganhar na loteria para ficar rica, milionária ou coisa do tipo. Ela pediu um caminho, pois queria, como fez, pagar uma dívida de exames de saúde que ela tinha, pois está se preparando para fazer uma cirurgia. Padre Victor, por misericórdia de Deus continua a olhar especialmente pelos pequenos, simples e humildes.”