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Protetores comemoram volta do Musical

 

Proteção Animal 1

(Primeiros protetores chegam à Praça apesar da ameaça de chuva)

Integrantes da ONG Amor Animal e outros protetores não se importaram com a previsão de chuva e fizeram uma manifestação no início da noite de sábado (2), na Praça Cônego Victor, Centro de Três Pontas. Empunhando cartazes, o grupo mostrou indignação e ao mesmo tempo comemorou.

A “festa” foi pela volta do Musical. O cão de idade já avançada, dócil, castrado, gordo, protegido e bem cuidado por vários trespontanos havia sumido do local onde escolheu para viver e de onde nunca havia saído – imediações da Praça da Matriz.  Ele foi encontrado na quinta-feira (1º) depois de muito empenho por parte de alguns protetores.

Segundo elas, o animal estava na zona rural do Município em condições de abrigo e alimentação fugindo às ideais. Ele foi resgatado e conduzido até a casa de um comerciante onde está sob os cuidados – recebendo amor, carinho e respeito – da família. Musical também participou do movimento de sábado. Apareceu com a nova cuidadora, de banho tomado, gravata e recebeu muitos mimos.

Os questionamentos – feitos através de frases e pintura em rostos – foi pela forma com que o cão vinha sendo tratado por alguns fiéis que frequentam a Igreja Matriz Nossa Senhora D’Ajuda – onde também ele ia às missas e ‘cantava’ junto com o Coral.

“Os moradores do sítio disseram que o Musical foi levado para lá por estar incomodando na Cidade”, comentou uma das pessoas que ajudaram a encontrar o bichinho – odiado por uns, mas amado por muitos outros.

“Nunca imaginamos que um animal sofreria maus tratos justamente em um local onde esperávamos existir amor, respeito e compaixão”, comentou outra cidadã envolvida na causa animal.

Outra mais lembrou que o Papa Francisco recentemente afirmou que os animais serão encontrados na eternidade. “Essa referência do Pontífice aos animais mostra que a Igreja Católica tem hoje papel fundamental na conscientização dos fiéis e da humanidade para um relacionamento amoroso e respeitoso com os demais seres vivos”, registrou.

A reunião dos protetores chamou a atenção de quem chegava para a Missa das 18 horas. O grupo recebeu incontáveis manifestações de apoio, mas em dois momentos os ânimos esquentaram. Logo no início, um cidadão saiu da Matriz com um frasco na mão e ameaçou: “aqui ó… vem colocar cachorro na Igreja pra vocês verem” – sinalizando que se o cão voltasse para a Matriz seria recebido a chutes e jatos de água.

Quando a Missa terminou houve bate boca entre alguns protetores e o homem acusado de ter levado o cão para a zona rural sem ao menos comunicar à ONG. Ele afirmou que teve apenas a intenção de ajudar.

Integrantes da ONG Amor Animal e demais protetores defendem que a comunidade precisa colaborar e entender que se há cães nas ruas de Três Pontas – e eles admitem que existem e muitos – a culpa não é dos animais e, sim, de pessoas irresponsáveis que os colocam para fora de suas casas.

Um dos trabalhos dos voluntários é justamente conscientizar sobre a posse responsável.

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