Política em Três Pontas

Prefeito de Três Pontas defende que liberação de mais de R$ 1 bilhão do Funcafé, anunciada pelo Mapa, será importantíssima para cafeicultores prejudicados pela geada

“Um passo importantíssimo para os cafeicultores de Minas Gerais que sofreram com a geada no mês de julho. Estes recursos com certeza serão de grande valia para a retomada da agricultura em nossa região”.

As palavras são do prefeito de Três Pontas e presidente do Consórcio Público para o Desenvolvimento do Café (ConCafé), Marcelo Chaves Garcia (PSD) e se referem a uma notícia dada ontem (10) pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias. Ela comunicou que o Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) autorizou a criação de reserva no valor de R$ 1,32 bilhão no orçamento do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para atender aos cafeicultores prejudicados pelo fenômeno.

Prefeito Marcelo Chaves Garcia durante visita da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, ao Sul de Minas logo após a recente ocorrência de geada histórica que causou perdas em lavouras cafeeiras e em outras produções agrícolas da região

A proposta será encaminhada ao Ministério da Economia para ser submetida ao Conselho Monetário Nacional (CMN), em reunião extraordinária. Com o aval do CMN, os valores ficarão à disposição dos agentes financeiros após uma avaliação oficial das perdas causadas pela geada nas regiões produtoras. A Conab conduz o levantamento em conjunto com entidades do setor cafeeiro.

“Os estudos que nós encomendamos estão chegando para fazermos uma avaliação e encaminharmos esses recursos de maneira correta para atender aos cafeicultores desses estados atingidos pela geada de julho”, concluiu a ministra.

Perdas

Em julho, uma geada histórica afetou, principalmente em Minas Gerais e São Paulo, lavouras de café e outras culturas, tais como milho, frutas, hortaliças, além de floriculturas e áreas de pastagens.

Em Audiência Pública realizada nesta terça-feira (10) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o coordenador de cafeicultura da Emater-MG, Bernardino Cangussu, apresentou os números do levantamento de perdas, que estima pelo menos 9.540 produtores afetados. Os dados mostram que 77,8% dos 170 municípios atingidos ficam no Sul de Minas. Em seguida aparecem as regiões do Triângulo Mineiro e do Alto Paranaíba, que, juntas, somam 21% de todas as cidades afetadas pela intempérie.

De acordo com o relatório, estima-se que a geada prejudicou cerca de 173,7 mil hectares, o que corresponde a 19,1% da área ocupada com cafeicultura na região abrangida pelo levantamento.

Lavoura de café atingida pela geada (Crédito: Emater-Divulgação)

 

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