Pesquisa do Sebrae Minas mostra os impactos da crise do novo coronavírus para os pequenos negócios
Segundo o levantamento, cerca de 70% das pequenas empresas mineiras continuam em atividade, ainda que parcialmente
A pesquisa Covid-19 e o impacto econômico nos Pequenos Negócios divulgada neste mês aponta que para 89% dos empresários pesquisados a crise do Coronavírus afetou negativamente os negócios. Outros 9% responderam que não estão sendo afetados e 2% dos entrevistados disseram que estão tendo reflexos positivos.
Para a maioria que sente os impactos negativos da crise, os motivos mais citados são: redução dos lucros, queda do faturamento, aumento do endividamento e dificuldades para conseguir insumos. Mesmo assim, sete de cada dez empreendimentos estão em atividade, mesmo que de forma parcial.
O estudo foi realizado pela Unidade de Inteligência Empresarial do Sebrae Minas Gerais, entre os dias 27 de março e 1º de abril. Foram ouvidos 534 Microempreendedores Individuais (MEIs) e pequenos empresários de todas as regiões do estado, pertencentes ao cadastro de clientes do Sebrae Minas. Cerca de 7% deles são do Sul de Minas, dos setores de comércio, serviços e indústria. A margem de erro da pesquisa é de 4,1%, com nível de confiança de 95%.
“Nesse momento, mais do que nunca, veremos a importância de uma boa gestão dos negócios. Aliada ao planejamento financeiro e à inovação, elas serão cruciais para superar a crise, diante deste cenário. Por isso, não deixe de procurar a ajuda do Sebrae, pelos seus canais de atendimento: telefone 0800 570 0800, pelo WhatsApp (31) 9 9822-8208 ou no site do Sebrae Minas e estar pronto para ser um grande negociador”, afirma o gerente da Regional Sul do Sebrae Minas, Rodrigo Pereira.
Impactos
Ao serem questionados sobre as medidas mais prováveis que deverão ser tomadas por causa da crise, as respostas mais citadas foram: suspensão ou atraso no pagamento de imposto; antecipação de férias ou feriados dos funcionários; suspensão no recolhimento do FGTS dos funcionários, se aprovado em lei; suspensão ou atraso no pagamento de contas em geral (aluguel, luz, água etc); suspensão ou atraso no pagamento de fornecedores; implantação de entrega a domicílio aos clientes (delivery) e redução de carga horária de funcionários, se aprovado em lei.
Os empresários acreditam que deve demorar em média nove meses para a recuperação econômica brasileira.
Delivery
O atendimento remoto, via internet, tem sido uma das soluções encontradas pelos empresários mineiros. A pesquisa apurou que 44% dos entrevistados estão aptos para realizar atividades de forma remota, mesmo que parcialmente; 43% não estavam aptos e 9% ainda não consideraram esta opção.
Quase metade dos que já adotaram esta forma de trabalho afirma que estão enfrentando dificuldades para operar as ferramentas de atendimento remoto.
Orientação
Metade dos empresários (48%) já estão em busca de orientação para a gestão do negócio, neste momento de crise. As fontes mais procuradas pelos empresários tem sido: Sebrae, redes sociais e contador. Os assuntos em que mais gostariam de aperfeiçoar neste período são: Finanças, Marketing digital e Estratégia e Gestão.
O objetivo do estudo foi identificar como os pequenos empresários mineiros estão sendo afetados e reagindo ao período de isolamento adotado, para diminuir a velocidade de alastramento da contaminação pelo Coronavírus.
(Juliana Campos Silva – Sebrae Minas/Regional Sul – Assessoria de Imprensa)