Perigo: Infestação do mosquito Aedes aegypti está altíssima em Três Pontas
Cidade pode ter sérios problemas com Dengue, Zika e Chikungunya, alerta Vigilância Ambiental
Além do novo Coronavírus, um outro inimigo ronda os trespontanos e ameaça trazer mais sofrimento à comunidade. Ele já é um velho conhecido, mas sua periculosidade tem sido deixada de lado por muitos cidadãos, então, usa o esquecimento do povo a seu favor: vai se reproduzindo e tomando conta da cidade. O grande problema é que a multiplicação deste indivíduo, o mosquito Aedes aegypti, tem tudo para resultar em um número histórico de pessoas contaminadas.
O alerta vem da Vigilância Ambiental, setor da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Levantamento realizado de 11 a 15 de janeiro, mostra que o Índice de Infestação Predial (IIP) do município está em 8,1%. Este índice coloca Três Pontas na classificação de alto risco de transmissão da Dengue, Zika e Chikungunya. Ainda de acordo com o departamento, o ideal para evitar a transmissão dessas doenças é que o índice de infestação seja menor que 1.
O Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa) foi aplicado em 73 bairros e em 27 deles foram encontrados focos do Aedes aegypti. De acordo com a Vigilância Ambiental, os principais criadouros localizados são do tipo D2, ou seja, recipientes plásticos, garrafas, latas, baldes e também do tipo B no qual aparecem os depósitos móveis, tais como, vasos e frascos, pratos, pingadeiras e bebedouros. O bairro com maior IIP, conforme mostra o 1º LIRAa de 2021, é o Primavera, com 62,5% e o bairro com menor IIP é o Santa Margarida, com 3,33%. Pela pesquisa, fica claro que o mosquito Aedes aegypti continua encontrando nas casas e quintais o ambiente ideal para garantir a sobrevivência da espécie.
Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente e coordenador da Vigilância Ambiental, Marcelo de Figueiredo Gomes, neste ano foram feitas seis notificações de casos suspeitos de Dengue, uma delas na região rural de Três Pontas. Na sexta-feira (19), no bairro Botafogo, agentes de Endemias realizaram o quarto fumacê de 2021.
“Ainda temos uma situação aparentemente tranquila em relação a números de possíveis casos, mas a infestação do Aedes aegypti está altíssima e isso é preocupante. Historicamente, nos meses de março, abril, maio atingimos o pico da Dengue em nossa cidade, então, podemos estar caminhando para um enorme problema de saúde pública, para uma epidemia”, alerta.
Manter os ambientes limpos, livres de criadouros e de água parada é o único meio de combater o Aedes aegypti, consequentemente, evitar a Dengue, Zika e Chikungunya. Diante da altíssima infestação do mosquito, além do trabalho preventivo de rotina, as secretarias de Saúde, Meio Ambiente e Transportes e Obras se envolveram em mutirão de limpeza. “Nossa meta agora é aumentar a mobilização social e a aplicação de tratamento químico residual em pontos estratégicos”, conta o secretário Marcelo Gomes, e convoca: “o cuidado com a saúde começa em casa. O combate ao mosquito e a prevenção das doenças por ele transmitidas se tornam uma responsabilidade de todos”.