Orientação Vocacional: Escola de Três Pontas auxilia alunos do Ensino Médio escolherem a profissão
Médico ou arquiteto? Engenheiro ou dentista? Professor ou fisioterapeuta? Nutricionista ou administrador? Humanas, biológicas, exatas? Por afinidade, salário, prestígio social? Enfim, qual caminho seguir?
Para milhares de jovens brasileiros, 2017 será decisivo. É hora de escolher uma profissão, tarefa nada fácil e que na maioria das vezes vem acompanhada de angústia e ansiedade, geradas pela incessante busca pela descoberta de interesses e habilidades. Um detalhe que pode intensificar as incertezas: optar por um curso superior acontece justamente quando os jovens passam por diversos conflitos relativos à faixa etária, sendo um deles a necessidade de “assumir compromissos e colocar-se frente à vida adulta”.
Além da família, a escola tem o dever de auxiliar os estudantes do Ensino Médio em suas escolhas profissionais. Como? Informando, responde Flávio Victor Figueiredo. Professor de Filosofia e Sociologia na Escola Coração de Jesus – Objetivo, em Três Pontas, Flávio implantou um projeto de Orientação Vocacional, justamente para ajudar os vestibulandos a identificarem, através do conhecimento, qual profissão combina mais com cada um deles.
“Mensalmente, dois profissionais de segmentos distintos são convidados a falar com os alunos. Eles apresentam detalhes importantes sobre os ofícios que exercem, por exemplo, atribuições, áreas de atuação, mercado, remuneração. No bate-papo, quebram certos conceitos, enfatizando a realidade”, comenta o professor. Ainda segundo Flávio Figueiredo, as profissões dos visitantes são indicadas pelos próprios alunos.
Visitas a universidades também fazem parte do plano. De acordo com o professor, elas são fundamentais para a visualização de cursos superiores existentes no Sul de Minas e em outros estados e para que os alunos possam ficar ainda mais antenados às novidades que surgem ano a ano.
Alunos aprovam iniciativa
Nos relatórios, após cada encontro, os estudantes comprovam a eficiência da conversa, principalmente quanto à identificação pessoal com aquela ocupação.
“Sim, eu seguiria porque gosto de profissão que utiliza a tecnologia como um instrumento de trabalho”, expôs Sophia. Ela se refere à carreira de Engenheiro Agrônomo, primeira apresentada neste ano letivo. O convidado, Eric Miranda Abreu, detalhou o ofício e na palestra, conforme menciona a estudante, chamaram a atenção as diversas áreas em que um agrônomo pode atuar. Sophia percebeu que as “opções quebram a ideia tradicional de que esse profissional só pode atuar em fazendas”.
Quem também se convenceu que cursar Agronomia está entre as boas saídas é Laura. A jovem notou que é uma profissão interessante para a região, que é grande produtora de café e com um abrangente mercado de trabalho.
Na mesma data, o Direito foi outro segmento elucidado no Ensino Médio da Escola Coração de Jesus – Objetivo. Dr. Givanildo Oliveira expôs com descontração os altos e baixos da atividade. Acabou convencendo a aluna Marina que “é um curso para o cidadão. Todos deveriam procurar saber um pouco para viver em uma sociedade mais justa”.
Ouvir o Advogado foi importante também para Bruna. Ela descartou o Direito da lista de possíveis preferências para o vestibular. Isso porque, justifica a estudante, “não teria capacidade para representar em alguns casos como homicídio ou estupro”.
Conforme manifestado pela turma do 3º ano, as próximas artes a serem melhor desvendadas no encontro mensal serão Medicina, Música, Psicologia, Filosofia, Arquitetura, Administração, Veterinária, Fisioterapia, Nutrição e Engenharia (de Produção, Civil e Química).
Todos por um único objetivo: o sucesso dos futuros trabalhadores
Ciente que seu papel como educador vai além de cumprir carga horária e teorias, Flávio Figueiredo se desdobra em auxílio prático aos alunos. E mais: ele revela que vários outros professores também se envolvem na missão de orientar para o futuro, por exemplo, cedendo espaço em suas aulas para os encontros com os profissionais convidados – “tudo muito bem planejado para não comprometer o rendimento dos conteúdos obrigatórios, é claro!”, completa.
O autor do projeto Orientação Vocacional destaca ainda o apoio da diretoria da Escola Coração de Jesus – Objetivo. “A nossa diretora dona Laura e toda a sua equipe nos dão a maior força. Todos reconhecem a importância desse trabalho, prescrito em Lei, mas incomum na maioria das escolas do nosso país. A Escola Coração de Jesus abraça o projeto que faz a diferença à medida que oferece elementos necessários à escolha profissional adequada, à entrada na faculdade, no mercado formal, enfim, informações indispensáveis à decisão que é sobre trabalho, portanto, também referente ao futuro, à vida desses nossos jovens”, encerra Flávio Figueiredo.