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Nelson Freire é homenageado em Boa Esperança, sua terra natal

Grande nome da música internacional, o pianista Nelson Freire recebeu homenagens de artistas locais e autoridades, nessa quarta-feira (3), em Boa Esperança, cidade onde nasceu. A despedida foi realizada no cemitério municipal, mesmo local em que se encontra o túmulo de seus pais. Anteriormente (2/11), Freire havia sido velado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, palco que já recebeu diversas de suas apresentações.

“Ele era um dos maiores pianistas do mundo, um gênio no que se propôs a fazer. A passagem de Nelson deixa uma lacuna gigantesca no mundo das artes e uma tristeza maior ainda. Nelson Freire não morreu, ele apenas mudou de estágio. Sua obra e seu talento permanecem, fazendo dele um imortal”, destaca o subsecretário de Cultura, Maurício Canguçu, que representou o Governo de Minas durante o velório do músico mineiro.

Pianista Nelson Freire

Pianista Nelson Freire, mineiro de Boa Esperança (Divulgação / Festival Internacional de Música)

Artista

Nelson Freire nasceu em 18 de outubro de 1944 em Boa Esperança. Começou a tocar piano aos três anos de idade. Aos 12, foi para a Europa, onde estudou mais sobre o instrumento e, em pouco tempo, foi considerado um dos melhores de sua geração. O talento do músico conquistou os críticos europeus, e Freire passou a se apresentar nas principais orquestras do mundo, sendo um dos grandes intérpretes de Beethoven e Chopin.

Durante sua carreira recebeu diversos prêmios e distinções, entre as quais destacam-se as de Cidadão do Rio, Cavaleiro da Ordem do Rio Branco, Medalha Pedro Ernesto, Cavaleiro da Legião de Honra da França, Comandante de Artes e Letras da França, Medalha da Cidade de Paris e da Cidade de Buenos Aires, além do título de doutor ‘honoris causa’ da Faculdade de Música da UFRJ.

Em Minas Gerais, o artista fez do palco do Grande Teatro do Palácio das Artes um local especial para sua música e se apresentou em diversas oportunidades com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, em importantes concertos em Belo Horizonte. Uma das apresentações mais marcantes do artista no Palácio das Artes foi em um recital realizado em 1967, em apoio à conclusão das obras do teatro.

Silvio Viegas, regente titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, teve o privilégio de trabalhar com Nelson Freire, quando exercia o cargo de diretor artístico da Fundação Clóvis Salgado (FCS). “Ainda não consigo mensurar a perda do Nelson Freire. Foi-se embora uma lenda, um poeta e um gênio. Felizes daqueles que puderam conviver e assisti-lo, como eu o vi no Palácio das Artes”, afirma Silvio Viegas.

(Agência Minas)

 

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