Morre Rogério Abreu, um homem que muito fez por Três Pontas
Final da manhã desta terça-feira (25). O coração que já andava bem fraco decidiu parar. A iniciativa finalizava uma trajetória de 73 anos. Não quis esperar o 74º aniversário, que seria completado amanhã.
Assim, subitamente, José Rogério de Abreu encerrou sua passagem terrena. O homem de postura elegante, de voz firme já não tinha mais o vigor de outrora. Descobriu os problemas no órgão vital, se submeteu às orientações e procedimentos médicos, mas um certo desânimo – talvez gerado pela própria doença – veio junto. Ouviu o incentivo dos familiares e de tantos amigos que enxergavam nele um exemplo de pulso forte e que, verdadeiramente, torciam pela sua recuperação. Quando a inevitável hora chegou, lá estava “seu” Rogério em sua própria casa, ali no Centro da Cidade.
Rogério Abreu era produtor rural. Deu oportunidade de emprego e de vida digna a trabalhadores e por meio do agronegócio forneceu divisas para o Município. Mas essas não foram as únicas contribuições desse trespontano direcionadas à terra natal, aos conterrâneos. Homem de fé foi atuante junto à Igreja. Esposo, pai, avô amoroso naturalmente foi conduzido ao ECC (Encontro de Casais com Cristo) e à Pastoral Familiar, deixando ensinamentos teóricos e práticos sobre valores éticos e divinos.
Devoto, foi membro fundador da Associação Padre Victor de Três Pontas, ocupando a cadeira de vice-presidente. Abriu as portas de sua residência para as primeiras reuniões, já que a Associação estava composta, mas ainda sem sede – um gesto delicado e tão necessário para que os trabalhos fossem iniciados. Anfitrião nato, recebeu também gente importante, a Postuladora Irmã Célia Cadorin, por exemplo. Na diretoria ou compondo o corpo de associados, Rogério Abreu se destacou na luta incessante pela Beatificação de Padre Victor e teve a oportunidade de acompanhar a cerimônia que entrou para a história de Três Pontas naquele 14 de novembro de 2015.
Por oito anos, esteve à frente do Hospital São Francisco de Assis. Nesse período encarou grandes dificuldades financeiras, mas com dedicação, empenho, inteligência e humildade buscou parcerias e conseguiu grandes avanços. As melhorias conquistadas em sua gestão estão, entre outros, na cozinha, refeitórios, Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e na Unidade Psiquiátrica.
Antes de tudo isso, Rogério Abreu integrou o quadro de funcionários da extinta Usina Boa Vista. Foram mais de 35 anos atuando na empresa – uma fortaleza na áurea época do açúcar e álcool fabricados na “Capital Mundial do Café”. De lá saiu orgulhoso do longo tempo como Diretor Administrativo Financeiro.
A esposa Denise, a filha Cláudia, o neto – enfim, uma família chamada Três Pontas está de luto. O corpo de Rogério Abreu está sendo velado na Rua Ivan Carvalho Corrêa, 30 – Centro. O sepultamento está marcado para amanhã, quarta-feira, às 9 horas, no Cemitério Municipal.