Ministério Público acompanha investigação da operação policial que deixou 26 mortos em Varginha
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) informou na manhã desta quinta-feira (4) que vai instaurar um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) para acompanhar os desdobramentos da operação policial realizada pela Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Varginha, na madrugada do último domingo, 31 de outubro.
Segundo o comunicado, o PIC deve correr em segredo de Justiça. O acompanhamento está a cargo da promotora de Justiça de Varginha, Eliane Claro; do procurador André Ubaldino; da promotora Paula Ayres Lima, coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Central; do promotor Francisco Ângelo Silva Assis, coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos e Apoio Comunitário (CAODH) e do promotor Igor Serrano Silva, coordenador do Gaeco Regional de Varginha.
Dr. Igor Serrano explica que em qualquer ação estatal que resulte em morte é instaurada uma investigação policial para apurar as circunstâncias do fato. “É esse inquérito que, ao final, terá a conclusão da legalidade ou da ilegalidade eventualmente da ação estatal”, complementa.
A investigação deve apurar se houve ou não excesso da polícia durante a operação em Varginha. Outra linha da investigação é determinar a função da quadrilha que estava fortemente armada, ou seja, desvendar os planos dos suspeitos.
Dos 26 mortos no confronto com a Polícia, 22 já foram identificados pela equipe do Instituto Médico Legal (IML) “Dr. Roquette”, em Belo Horizonte. Os nomes já estão sendo divulgados pela Polícia Civil. Os indivíduos são suspeitos de integrar o Novo Cangaço – considerado um grupo especializado, bem armado e violento.
Nenhum policial foi ferido na operação, considerada a maior do Brasil, de combate a suspeitos de roubo a banco.