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Março Azul Marinho – Mês de conscientização e combate ao Câncer Colorretal

 

Outubro Rosa, Novembro Azul, Setembro Amarelo, todas essas campanhas você já conhece. Mas e o Março Azul Marinho, já ouviu falar? Trata-se do mês para intensificar a conscientização das pessoas sobre o Câncer de Intestino (Colorretal). A campanha amplia a informação e a educação das pessoas, visando a prevenção e o diagnóstico precoce.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Câncer de Intestino abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso chamada cólon e no reto (final do intestino, imediatamente antes do ânus) e ânus. Também é conhecido como Câncer de Cólon e Reto ou Colorretal.

É tratável e, na maioria dos casos, curável, ao ser detectado precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos. Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso.

Estatísticas     

A estimativa de novos casos é de 40.990, sendo 20.520 homens e 20.470 mulheres, conforme noticia o Inca/2020. O número de mortes provenientes da doença é previsto em 18.867, sendo 9.207 homens e 9.660 mulheres (2017 – SIM)   

O que aumenta o risco?

Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver Câncer do Intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação não saudável (ou seja, pobre em frutas, vegetais e outros alimentos que contenham fibras). O consumo de carnes processadas (salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru e salame) e a ingestão excessiva de carne vermelha (acima de 500 gramas de carne cozida por semana) também aumentam o risco para este tipo de câncer.

Outros fatores relacionados à maior chance de desenvolvimento da doença são história familiar de Câncer de Intestino, história pessoal de câncer de intestino, ovário, útero ou mama, além de tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas.

Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC). Pacientes com essas doenças devem ter acompanhamento individualizado.

A exposição ocupacional à radiação ionizante, como aos raios X e gama, pode aumentar o risco para Câncer de Cólon. Assim, profissionais do ramo da radiologia (industrial e médica) devem estar mais atentos.

A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar um tumor numa fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento (Foto: Ilustrativa Net)

Como prevenir?

  • A manutenção do peso corporal adequado, a prática de atividade física, assim como a alimentação saudável são fundamentais para a prevenção do Câncer de Intestino. Uma alimentação saudável é composta, principalmente, por alimentos in natura e minimamente processados, como frutas, verduras, legumes, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, grãos e sementes. Esse padrão de alimentação é rico em fibras e, além de promover o bom funcionamento do intestino, também ajuda no controle do peso corporal. Manter o peso dentro dos limites da normalidade e fazer atividade física, movimentando-se diariamente ou na maior parte da semana, são fatores importantes para a prevenção deste tipo de câncer.
  • Verifique se seu peso está adequado com uma calculadora de IMC.
  • Não fumar e não se expor ao tabagismo.

Sinais e sintomas

Sintomas mais frequentemente associados ao Câncer do Intestino:

  • sangue nas fezes;
  • alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados);
  • dor ou desconforto abdominal;
  • fraqueza e anemia;
  • perda de peso sem causa aparente;
  • alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas)
  • massa (tumoração) abdominal.

Esses sinais e sintomas também estão presentes em problemas como hemorroidas, verminose, úlcera gástrica e outros, e devem ser investigados para seu diagnóstico correto e tratamento específico.

Na maior parte das vezes esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que eles sejam investigados por um médico, principalmente se não melhorarem em alguns dias.

Detecção precoce

A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar um tumor numa fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento.

A detecção pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce), ou com o uso de exames em pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento) mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença.

Os tumores de cólon e reto (ou colorretal) podem ser detectados precocemente através de dois exames principais: pesquisa de sangue oculto nas fezes e endoscopias (colonoscopia ou retossigmoidoscopias).

Os principais sinais e sintomas sugestivos deste câncer são:

  • sangramento nas fezes;
  • massa (tumoração) abdominal;
  • dor abdominal;
  • perda de peso e anemia;
  • mudança de hábito intestinal.

Na maior parte das vezes esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que eles sejam investigados por um médico, principalmente se não melhorarem em alguns dias.

Além do diagnóstico precoce, a Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza que os países com condições de garantir a confirmação diagnóstica, referência e tratamento, realizem o rastreamento do Câncer do Cólon e Reto em pessoas acima de 50 anos, por meio do exame de sangue oculto de fezes.  Os casos positivos neste exame deverão fazer uma colonoscopia ou retossigmoidoscopia, onde o médico visualizará a parte interna do intestino buscando o câncer ou pólipos que possam vir a se transformar em câncer.

Diagnóstico

O diagnóstico requer biópsia (exame de pequeno pedaço de tecido retirado da lesão suspeita). A retirada da amostra é feita por meio de aparelho introduzido pelo reto (endoscópio).

Tratamento

O Câncer de Intestino é uma doença tratável e frequentemente curável. A cirurgia é o tratamento inicial, retirando a parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos (pequenas estruturas que fazem parte do sistema de defesa do corpo) dentro do abdome. Outras etapas do tratamento incluem a radioterapia (uso de radiação), associada ou não à quimioterapia (uso de medicamentos), para diminuir a possibilidade de recidiva (retorno) do tumor.

O tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor. Quando a doença está espalhada, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas.

Após o tratamento, é importante realizar o acompanhamento médico para monitoramento de recidivas ou novos tumores.

(Fontes: Inca/Minuto Saudável)

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