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Maestrina Daniele de Abreu desenvolve projeto para atender a crianças carentes de TP

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Daniele de Abreu já participou de grandes projetos como professora em escolas de música e agora parte para a realização de um sonho, oferecer a oportunidade do aprendizado a crianças carentes de Três Pontas por meio de proposta pessoal

Ensinar música como veículo de desenvolvimento das atividades cognitivas, de evolução psicomotora, de sociabilidade e ainda de elevação da autoestima. É esta a meta de uma trespontana que passou boa parte da vida compartilhando conhecimento em escolas de música nas cidades mineiras de Três Pontas e Varginha e ainda na paulista Campinas e que, agora, desenvolve projeto próprio, a fim de favorecer crianças carentes da sua terra natal.

A ideia é da Maestrina, Daniele de Abreu. Ela conta que encarou grandes desafios, sobretudo, financeiros para reformar o Clube Serrote. É lá, no imóvel que historicamente abrigou importantes eventos culturais e de lazer, que a Musicista sonha ver realizada a proposta de oferecer este suporte ao intelectual de meninas e meninos de baixa renda que não têm acesso ao ensino musical existente no Município.

Daniele é filha de Jaime de Abreu Salgado, um dos mais influentes promotores da cultura na Cidade. Entre os incontáveis feitos do saudoso professor de música está a fundação da Agremiação Escola de Samba Serrote que por décadas enriqueceu o carnaval trespontano. A própria festa popular sobreviveu a períodos de incontáveis dificuldades também graças ao esforço do mestre. Hoje, manter o Clube funcionando é questão de honra para a família, uma forma de preservar viva a memória do patriarca que tanto fez pela difusão e condicionamento dos bons costumes na localidade. Abrigar o Projeto social é dar de novo ao prédio digna utilidade.

A proposta é atender a 600 crianças. Acontece, porém, que a Maestrina tem encontrado obstáculos na adesão de empresas que podem, inclusive, se beneficiar de leis de incentivo à cultura. A parceria que ela busca insistente e incansavelmente é para aquisição de instrumentos.

Segundo Daniele, na atual situação econômica que se encontra o Brasil, música passa a ser considerada dispensável, uma maneira de pensar errada, na opinião da idealizadora do Projeto. “Arte e cultura não podem ser vistas como supérfluas, inúteis porque desenvolvem a sensibilidade. Uma pessoa sensível aprende a ter amor ao próximo e a ter amor próprio. A arte e a cultura são, comprovadamente, eficientes caminhos para a garotada começar a lidar melhor e até superar problemas tantas vezes presenciados em casa, por exemplo, alcoolismo, abandono, falta de afeto que levam à angústia, à agressividade”, observa.

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Daniele durante regência em Mostra de Conservatórios Estaduais, em São João Del Rei (MG)

Diante dos empecilhos, ela não desiste, não cruza os braços, mas se vê obrigada a diminuir o número inicial de alunos. Sendo assim, espera para os próximos meses conseguir junto a empresários, artistas, políticos ao menos 10 flautas doce, 10 violões e 10 violinos. Com os 30 instrumentos em mãos será possível tirar o Projeto do papel, mesmo de uma forma não muito adequada. Isto porque, explica Daniele, o ideal seria o aluno levar para casa o instrumento e passar com ele grande parte do tempo, estudando e praticando.

Ainda de acordo com a Musicista, o ensino será qualificado, com aulas ministradas por conceituados voluntários. Já se dispuseram, entre outros, Marly de Oliveira e Nelly Miranda, Alessandra, Amanda e Janaina Abreu. Nas tarefas atribuídas aos professores estará o ensino da leitura de partituras, essencial para que o cérebro da criança seja envolvido na sua totalidade e gere outros benefícios, tais como, melhoria do rendimento escolar.

A intenção é atender à faixa dos 5 aos 8 anos e, em casos de percepção de talentos e dons mais aguçados, encaminhar o aluno para o estudo individual no Conservatório Municipal Heitor Villa-Lobos, na Escola de Música Pró-Arte – contando com a boa vontade também dos responsáveis pelos respectivos estabelecimentos ainda que a formação musical não seja o principal objetivo. “Elevar a autoestima, a confiança, promover a sociabilidade, trabalhar o emocional para nós está em primeiro lugar”, completa Daniele.

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Por muitos anos, a Maestrina esteve à frente da Orquestra Experimental Oswaldo Tiso do Conservatório de Três Pontas

Além das aulas de música, os alunos participarão de oficinas de desenho, pintura e outras artes; passarão por momentos de relaxamento e receberão lanche que, pretende a criadora do Projeto, será cuidadosamente preparado para suprir as necessidades nutricionais de cada turma.

A Maestrina esclarece que ela mesma fará a seleção dos alunos, percorrendo os bairros onde tem conhecimento de que as crianças enfrentam maior dificuldade de acesso às escolas de música da Cidade.

Quem puder colaborar para implantação do Projeto social, deve entrar em contato com Daniele de Abreu. O telefone é (35) 9990-6017 (Vivo).

“Vamos juntos transformar a vida de 600 crianças carentes de Três Pontas. Não somos nada nesse mundo sem amar e fazer o bem ao próximo”, convoca a Musicista.

Abaixo, outras fotos da idealizadora do Projeto social e do Clube Serrote onde Daniele pretende dar acesso ao aprendizado à crianças de baixa renda de Três Pontas.

(Foto página inicial: Núcleo Villa-Lobos)

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