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Incêndio na Escola Estadual: internação pode ser o destino dos quatro menores suspeitos de cometer o ato infracional

Menores apreendidos Escola Estadual PM 1

Menores que têm passagem por tráfico de drogas e outros delitos foram abordados pela PM horas antes da invasão à Escola

A Polícia Militar de Três Pontas se empenhou desde a madrugada e no final da manhã desta quarta-feira (1º) localizou e apreendeu quatro menores suspeitos de cometer um ato infracional que revoltou a comunidade trespontana e que sensibilizou até mesmo moradores de cidades vizinhas. No quartel, os rapazes teriam dito que foram eles os responsáveis pelos danos causados na Escola Estadual Deputado Teodósio Bandeira. Além de quebrar equipamentos e sujar pisos com tinta, o grupo teria ateado fogo em três salas. O incêndio destruiu todo o arquivo morto e, entre outros danos, parte do sistema elétrico do estabelecimento de ensino.

De acordo com o Tenente Bruno Neves, autoridades locais, inclusive Ministério Público, se mobilizam para que esses menores sejam encaminhados a um centro de recuperação. Eles já têm passagem por envolvimento com tráfico de drogas, brigas e outros delitos, segundo o Comandante da 151ª Companhia. Conforme apurado no BO, um menor tem 15 anos, dois têm 16 e outro está com 17 anos.

Menores apreendidos Escola Estadual PM 3“Constantemente eles dão problema naquelas imediações. Antes da ocorrência, uma das nossas viaturas fez, inclusive, uma abordagem deles no Centro da Cidade. Posteriormente ao incêndio, com base no circuito de monitoramento da Escola, nós traçamos um perfil de quem seriam os possíveis autores e as características eram bem parecidas com as dos quatro menores abordados. Então, surgiu a suspeita que acabou confirmada”, detalha o Tenente.

Para a PM, cada um deu versão própria. Um teria falado que eles invadiram a instituição educacional apenas para “zoar”. Outros, conforme contou o Comandante, revelaram que o ato de vandalismo teria sido executado em retaliação à diretoria, por não ter concedido vagas a eles. “Tenho certeza que estudar é o que menos eles querem. A gente percebe que os menores são inconsequentes e na maioria dos casos não definem previamente o que vão fazer. Vão para ‘zoar’, mas também furtam, depredam, batem. Nesse caso, certo é, que essas pessoas cometeram um ato infracional de proporção incalculável. Foram anos de história perdidos, um patrimônio do Estado e da Cidade queimado”.

“Nossa tropa é aguerrida e quero parabenizar a todos por mais esta resposta imediata à nossa sociedade, pelo cumprimento dos princípios do militarismo, por sempre buscar o resultado e buscar algo a mais em favor da comunidade”, registrou o Comandante.

Polícia Militar de Três Pontas PM Quartel 151 Companhia PM

Sede da Companhia de PM, em Três Pontas

Não à impunidade

Por emissoras de rádio e pelas mídias sociais chovem mensagens de revolta e também de apoio à diretoria, funcionários, alunos e pais que integram a Escola Estadual. Em basicamente todas elas está o pedido de que o ato infracional não fique no esquecimento e que os menores suspeitos da destruição do patrimônio fiquem sujeitos à responsabilização.

Fazer o registro da ocorrência e liberar os suspeitos é algo que a sociedade dá sinais de rejeição e que não deve acontecer até mesmo na avaliação do Comandante. Tenente Bruno há seis anos está na PM trespontana e conta nos dedos o reduzido número de menores infratores encaminhados para instituições de atendimento socioeducativo. “Infelizmente ainda hoje vivemos essa impunidade da criminalidade juvenil. Estamos mobilizados na busca de uma forma de sanção para que esse fato grave não fique no ‘enxugando gelo’, não fique na licenciosidade absoluta”, finalizou.

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