Alerta: Zika Vírus pode ter chegado a Três Pontas
As ações contra o Aedes aegypti em Três Pontas deverão se intensificar, de agora em diante, não somente para combater a Dengue, mas também o Zika Vírus. Informações extra oficiais indicam que 10 casos suspeitos da doença estão sendo investigados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). No entanto, há também quem afirme que o número de suspeitas está muito acima disso, passando dos 60. Em relação à Dengue, os casos suspeitos neste ano já teriam ultrapassado 100.
Na segunda-feira (22), o Sintonizeaqui entrará em contato com a Secretaria para confirmar os dados, mas independente do número, certo é que, cada cidadão, tem a obrigação de combater o mosquito transmissor.
Febre do Zika Vírus
A febre do Zika Vírus é uma doença viral aguda, transmitida pelo Aedes aegypti. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 80% das pessoas infectadas pelo vírus Zika não desenvolvem manifestações clínicas. Os principais sintomas são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos.
No geral, a evolução da doença é benigna e os sintomas desaparecem espontaneamente após 3 a 7 dias. No entanto, a dor nas articulações pode persistir por aproximadamente um mês. Formas graves e atípicas são raras, mas quando ocorrem podem, excepcionalmente, evoluir para óbito, como identificado no mês de novembro de 2015, pela primeira vez na história.
O Zika é um vírus transmitido pelo Aedes aegypti e identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015. O vírus Zika recebeu a mesma denominação do local de origem de sua identificação em 1947, após detecção em macacos sentinelas para monitoramento da febre amarela, na floresta Zika, em Uganda.
Vírus Zika x Microcefalia
O Ministério da Saúde confirmou a relação entre o vírus Zika e a Microcefalia. O Instituto Evandro Chagas, órgão do Ministério em Belém (PA), encaminhou o resultado de exames realizados em um bebê, nascida no Ceará, com Microcefalia e outras malformações congênitas. Em amostras de sangue e tecidos, foi identificada a presença do vírus Zika. Essa é uma situação inédita na pesquisa científica mundial.
As investigações sobre o tema, entretanto, continuam em andamento para esclarecer questões como a transmissão desse agente, a sua atuação no organismo humano, a infecção do feto e período de maior vulnerabilidade para a gestante. Em análise inicial, o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez. O achado reforça o chamado para uma mobilização nacional para conter o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, responsável pela disseminação doença.
Números
O Ministério da Saúde e os estados investigam 3.935 casos suspeitos de Microcefalia em todo o País. Desse total, 60,1% dos casos (3.174) foram notificados em 2015 e 39,9% (2.106) no ano de 2016. O novo boletim divulgado na quarta-feira (17) aponta, também, que 508 casos já tiveram confirmação de Microcefalia e/ou outras alterações do sistema nervoso central, sugestivos de infecção congênita.
Outros 837 casos notificados já foram descartados por apresentarem exames normais, ou apresentarem microcefalias e/ou alterações no sistema nervoso central por causas não infeciosas. Amapá e Amazonas são os únicos estados da federação que não têm nenhum registro de casos.
Notificação passa a ser obrigatória em todo o País
Desde quinta-feira (18), a notificação dos casos suspeitos de Zika passou a ser obrigatória para todos os estados do País. A medida foi publicada no Diário Oficial da União por meio da portaria 204, de 17 de fevereiro de 2016. A mudança significa que todos os casos suspeitos de Zika deverão ser comunicados pelos médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, às autoridades de saúde, semanalmente. Nos casos de gestantes com suspeita de infecção pelo vírus ou de óbito suspeito, a notificação será imediata, ou seja, deverá ser feita em até 24 horas.
(Fonte: Ministério da Saúde)