Dupla Identidade’ mergulha no universo dos serial killers; entenda o assunto!
O jogo de gato e rato vai começar! (19/09). Dupla Identidade, novo seriado de Glória Perez, traz o universo sombrio dos serial killers para a TV brasileira. Na trama, o assassino Edu (Bruno Gagliasso) vai driblar a polícia e fazer de tudo para escapar das investigações comandadas por Vera (Luana Piovani) e Dias (Marcello Novaes). O assunto, que tem inspirado filmes e séries por todo o mundo, impressiona pela ausência total de sentimento de culpa por parte dos personagens principais.
Capazes de escapar de qualquer polígrafo (detector de mentiras), assassinos em série são mestres na arte de mentir. Um bom exemplo disso é Gary Ridgway, que fez 48 vítimas e foi descartado como suspeito pelo FBI depois de aprovado pelo polígrafo. Existem ainda aqueles que conquistam milhares de admiradoras, como Ted Bundy e Richard Ramirez, que foram campeões de cartas enquanto aguardavam o cumprimento da pena no corredor da morte. Mulheres de todo o país queriam casar com eles, declaravam amor, ofereciam dinheiro ou pediam para visitá-los, como se fossem celebridades. No Brasil, um dos casos mais famosos é o do maníaco do parque.
Alguns serial killers se dedicam às artes, como hobby ou profissão. John Gacy pintava quadros com motivos infantis. Recebeu elogios e vendeu muitos deles. Ted Bundy era apaixonado por música clássica e desenhava também. O austríaco Johann Unterweger era excelente escritor. Seus poemas, contos e peças de teatro sensibilizaram a elite literária de Viena, artistas, jornalistas e políticos, que iniciaram uma grande campanha para libertá-lo e dar a ele uma segunda chance: o assassino foi solto. É difícil entender como a sensibilidade que qualquer forma de arte requer pode conviver com a brutalidade do vício de matar, mas convive.
(Foto: Fábio Rocha/Pedro Curi/TV Globo)
Dupla Identidade vai explorar esses e vários outros tópicos do assunto. Enquanto a psicóloga forense Vera e o delegado Dias tentarão entender a mente de Edu, sua namorada,Ray (Débora Falabella), vai conviver com esse criminoso sem perceber o risco que corre ao lado dele. Capaz de mentir e se disfarçar, Edu também enganará o deputado Oto (Aderbal Freire Filho) e sua esposa Silvia (Marisa Orth).
Casos da vida real
Embora assassinos em série existam desde que o mundo é mundo, a primeira a ser reconhecida publicamente foi Locusta: uma envenenadora que viveu em Roma, no primeiro século depois de Cristo. Historicamente, é conhecida por ajudar Agripina com a morte do Imperador Claudio, fazendo de Nero o novo imperador. Contam os historiadores da Roma Antiga que ela testava a eficiência dos seus venenos em animais e escravos. E assim viveu até o suicídio de Nero, quando foi presa e condenada à morte.
Ted Bundy
famosos (Foto: Getty Images)
Advogado e estudante de Psicologia, além de bonito, charmoso e educado. Era alguém acima de qualquer suspeita. Enquanto fazia vítimas, Bundy atuava como voluntário em um serviço de atendimento a suicidas! E quem trabalhou com ele diz que era competente até demais nisso. O que Bundy fez foi construir uma máscara social, que o permitiu matar dezenas de pessoas durante muitos e muitos anos. Durante seu julgamento, preferiu arriscar e enfrentar o júri, confiante em sua habilidade como advogado e na simpatia da opinião pública, que acreditava que ele era inocente. O assassino foi condenado à morte em cadeira elétrica e, em seguida, elogiado pelo juiz que decretou a sentença: “Um jovem inteligente, seria um excelente advogado, eu teria gostado muito de vê-lo advogando comigo. Mas escolheu outro caminho”.
John Gacy
(Foto: Getty Images)
Um empresário bem-sucedido, ativo na política, que costumava se vestir de palhaço para distrair as crianças. Serial killer dos mais cruéis. Fez 33 vítimas – meninos e adolescentes -, enterrados no porão da própria casa, onde oferecia grandes e animadas festas. Por gostar de prolongar a agonia das vitimas, idealizou engenhosos aparelhos de tortura. Preso e condenado a 12 penas de morte e 21 prisões perpétuas consecutivas, continuou fazendo discursos politicamente corretos sobre família e cidadania. Não revelou a localização de todos os corpos.
Dennis Rader
imprensa (Foto: Getty Images)
Conhecido como BTK, foi condenado a dez prisões perpétuas consecutivas. Extremamente vaidoso, manteve contato com a imprensa para divulgar seus crimes, enquanto os cometia sob seu pseudônimo. O juiz acrescentou um castigo extra à sentença: estará, para sempre, proibido de ler ou ver qualquer noticiário a seu respeito.
Richard Ramirez
a noite (Foto: Getty Images)
Apelidado pela imprensa norte-americana de “The Night Stalker” (em português, “O Perseguidor da Noite”), usava a mesma lógica do personagem Raskolnikov de “Crime e Castigo” – livro de Dostoievsky – para justificar seus crimes: “Serial killers fazem em pequena escala o que o governo faz em uma larga”.
Vera Renczi
Para aqueles que pensam que apenas homens podem ser assassinos em série, a bela romena Vera Renczi prova o contrário. Nos anos 20, fez mais de 30 vítimas, entre maridos e namorados. Assim que eles a traíam ou davam sinal de estar se distanciando, Vera abria seu potinho de arsênico e os eliminava sem dó. Depois, ela os enterrava no porão. Como a própria admitiu após ser presa, queria ser a última mulher na vida de seus homens.
Chico Estrela, o Maníaco do Parque
Era um simpático instrutor de patins, muito querido pelas crianças. Depois de preso, foi capaz de convencer uma de suas vítimas, Karina, que sobreviveu ao seu ataque, de que era merecedor de algum perdão e que cometera todos os crimes tomado por uma força incontrolável, independente da sua vontade. (GShow).
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