Dar condições de compra ao produtor com redução de custos é o propósito da Feira de Negócios Cocatrel Minasul
Fechar negócios com excelentes condições. Com essa proposta, a Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas (Cocatrel) e a Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Varginha (Minasul) se unem em uma parceria inédita que irá beneficiar mais de 10 mil cooperados de 200 municípios mineiros. Juntas, elas realizam de segunda a quarta (5 a 7), uma Feira de Negócios, em Três Pontas. A abertura está marcada para as 8 horas, com entrada gratuita.
No Espaço Cocatrel, cooperados, pequenos, médios e grandes agricultores, técnicos agrícolas e pesquisadores, representantes comerciais, empresários e empreendedores e pessoas envolvidas com o agronegócio encontrarão aproximadamente 70 expositores. À venda estarão adubos, fertilizantes, defensivos e maquinário para o agronegócio. As compras poderão ser efetuadas à vista com descontos especiais, por meio de financiamentos facilitados ou barter (troca de café), modalidade de pagamento mais segura e rentável para o produtor rural.
Promover a integração dos cooperados é outra finalidade do evento e uma boa oportunidade para o bate papo será durante a degustação de cafés especiais. Na sala de cupping, provadores apresentarão aos exportadores, aos compradores de cafés especiais e aos demais visitantes da Feira de Negócios como é o trabalho deles e, claro, os tipos de café que aportam na Cooperativa.
A expectativa é de comparecimento, mas para os cooperados que não puderem vir a Três Pontas, a Cocatrel Minasul comunicam que as filiais estarão, nesse período, realizando a troca de defensivos e fertilizantes com os mesmos diferenciais da Feira. No entanto, destacam: muitos maquinários estarão em exposição somente no evento.
Festival Gastronômico
Paralelamente à Feira de Negócios, acontecerá na Cidade outro evento de primeira mão: o Festival Gastronômico “Cocatrel Café e Cultura”. Cerca de 12 Food Trucks estarão na Praça do Centenário, no Centro, possibilitando um giro de sabores. No menu aparecem Chopp Artesanal, Churros Gourmet, Kebab, Costelinha e Hambúrguer Suíno, Burger Tradicional Artesanal, Paletas Artesanais, Waffles doces e salgados de diversos sabores, Milk Shakes variados, Temaki, Espetinhos de Kafta; Queijo Coalho; Linguiça e Frango. O estilo de cada carro, que fica por conta da criatividade de cada Chef, sempre é uma atração à parte. Ah! Na Terra do Café e da Música, haverá apresentações ao vivo de Danilo, André e Wallace, Marginália, Aloha, Bia e Gabriel e Bruno Alves.
Entrevista
Francisco Miranda de Figueiredo Filho
Presidente da Cocatrel
Francisco, depois de meses de preparação podemos afirmar que a Feira de Negócios chegou. Quais as expectativas para o evento que começa segunda?
A Cocatrel sempre pensou em trabalhar nesse sentido porque observamos as cooperativas vizinhas atuando nesse segmento sempre com sucesso. E a Cocatrel escutava sempre pessoas falando positivamente em relação à nossa ideia de realização de uma feira de negócios em nossa Cidade. Houve uma mudança na diretoria, no conselho da Cooperativa e também a compra de um terreno ao lado da Loja, da Cafeteria, muito bem localizado. Tudo isso fortaleceu o sonho porque entendíamos que a feira deveria ser realizada em terreno próprio da Cocatrel. E o sonho está se realizando. É o início de um novo serviço que a Cocatrel oferece aos seus cooperados e, se Deus quiser, essa Feira irá atender às expectativas.
Qual é o principal propósito desse evento?
Dar condição ao produtor de comprar mais barato, dentro de melhores preços e formas de pagamento. Reduzir custo é o motivo principal da Feira de Negócios Cocatrel Minasul. Aliás, a Minasul já tem experiência nesse segmento, então, esperamos que o evento seja um sucesso para as Cooperativas e seus cooperados.
Na sua opinião, qual segmento deverá atrair mais a atenção dos visitantes?
Teremos mais de 70 estandes e acredito que todos eles oferecerão produtos que os cooperados estão necessitando. Mas na minha visão, a maior demanda será por defensivos e fertilizantes porque estamos terminando a safra. O momento é de iniciar os tratos culturais para a safra de 2017. Mas teremos ainda tratores, carretas, implementos de colheita, enfim, muita coisa boa, útil e necessária à disposição dos cooperados.
Como irá funcionar a facilitação das compras, por barter, por exemplo? Há um limite pré-determinado?
Olha, dependerá da liberação de crédito de cada cooperado, mas teremos venda à vista, venda a prazo nos moldes que a Cooperativa sempre atuou e, além disso, a troca por sacas de café. Ao visitar a Feira, o produtor poderá analisar qual a maneira mais conveniente para ele no momento.
Teremos também o Festival Gastronômico Cocatrel Café e Cultura.
Ah, sim. O trespontano gosta de festa e a nossa Jornalista, Ana Luísa Leite, está muito empenhada e contamos com total apoio da Secretaria Municipal de Cultura. A gente torce para que as pessoas aproveitem e ficamos satisfeitos em contribuir para que o trespontano se distraia e tenha momentos de leveza.
Francisco, estamos concluindo a safra. Como o senhor analisa esse ano, digamos, cafeeiro?
A expectativa de recebimento de cafés na Cooperativa parece que vai se concretizar. Acredito que chegaremos ao estimado, já que o volume está bem perto do que a gente previu, que são cerca de 1 milhão e 400 mil sacas de café. A safra foi bastante positiva.
Presente e futuro
O momento político que nós vivemos influencia em tudo e em todos. O café passa por uma evolução muito grande da mecanização, mas também continua gerando empregos. Há poucos dias foi revelado que das seis maiores cidades do Sul de Minas, Varginha ficou em primeiro lugar em criação de empregos e isso não é por acaso, mas porque o café está aqui na região. A região onde estão Três Pontas e Varginha é a maior densidade demográfica de café do País. O café emprega, é bom para o comerciante, é bom para a Cidade.
Quanto ao futuro é muito relativo porque depende, entre outros fatores, da maneira que o produtor conduz a sua atividade. As lavouras plantadas em terreno plano, para mecanização oferecem um custo mais barato. Mas não vejo um cenário muito agradável para lavouras em terrenos de inclinação mais acentuada porque o custo de produção é elevado e sinto uma dificuldade de permanência dessas lavouras de montanha. O diferencial ficará cada vez mais acentuado. A minha preocupação é o café migrar para regiões com terras mais planas. Três Pontas ainda é abençoada porque trabalha com as duas cafeiculturas, mas existem regiões que é uma só e para isso o Governo precisa ficar mais atento.
Mesmo diante das nossas cobranças, o resultado é quase nulo. No entanto, temos que ter fé e acreditar que as coisas vão mudar. Então, vamos em frente, continuar trabalhando e, claro, prestigiando as oportunidades da Feira de Negócios que vêm justamente para aliviar o bolso, para reduzir os custos para o produtor.
Serviços
Feira de Negócios
5 e 6 de setembro: das 8h às 17h
7 de setembro: das 8h às 12h
Espaço Cocatrel: Avenida Ipiranga, 1.745, Três Pontas
Entrada gratuita
Festival Gastronômico Cocatrel e Cultura
5 e 6 de setembro: das 18h às 22h
7 de setembro: a partir das 14h
Local: Praça do Centenário, Centro, Três Pontas