Política em Três Pontas

Comissão de Transição toma posse e registra BO contra o Prefeito Paulo Luis por “falta de envio da documentação necessária ao início dos trabalhos”

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Segundo a Comissão, Prefeito descumpriu Lei e o fato está registrado na Polícia Militar de Três Pontas para “tomada de medidas cabíveis”

Viatura acionada e registro de boletim de ocorrência. Foi esta a iniciativa tomada na manhã desta segunda-feira (17) por representantes do Prefeito eleito de Três Pontas, Dr. Luiz Roberto Laurindo Dias (PSD). Deivis Victor, Gileno Marinho e Adriano Mesquita chegaram cedo ao prédio do antigo IBC para iniciar os trabalhos de Transição. Ninguém do atual Governo apareceu para receber a Comissão. Também não foi enviada a documentação para análise, fato que – segundo a equipe – desrespeitou a Lei 2.937 criada em 25 de setembro de 2008 pelo próprio Prefeito Paulo Luis Rabello (PPS). O artigo 4° determina que “além dos documentos contidos no art. 101, da Lei Orgânica Municipal, que deverão ser entregues na data da posse da Equipe de Transição de Governo, os mesmos terão amplo acesso a todas as informações relativas à Administração Pública Municipal”. “Viemos em paz para iniciarmos um diagnóstico para podermos planejar os 100 primeiros dias da Administração do Dr. Luiz Roberto e temos a impressão que aquele calor das urnas ainda não passou, que talvez a dor da derrota ainda não tenha sido absorvida pelo Prefeito”, comentou “Deivinho” referindo-se à ausência de receptividade.

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“Dinossauro” foi o nome dado ao computador disponibilizado pela Prefeitura

Através da Portaria 2.855, de 7 de outubro de 2016, o Prefeito Paulo Luis indicou uma sala do antigo IBC para abrigar a Comissão de Transição. O espaço é apertado, insuficiente para a equipe que contará diariamente com o auxílio de quatro advogados. Gileno Marinho chamou de dinossauro, o computador disponibilizado pela Prefeitura e comentou que a Comissão chegou tranquilamente apenas para realizar um levantamento fundamental para o planejamento do próximo Governo. “Não tem caça às bruxas, não viemos aqui para fazer auditoria, não viemos com espírito armado e, sim, com espírito leve, solto porque esse é o espírito do Dr. Luiz Roberto. Então, cumpra-se a Lei, só isso”, defendeu.

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Adriano, Gileno e Deivis compõem a Comissão empossada na manhã desta segunda-feira

Marinho argumentou ainda que ganhar ou perder faz parte do jogo democrático, analisando que não receber a Comissão e não enviar os documentos sinalizaram picuinha por parte do atual Prefeito. “Precisamos de dados para sabermos o que vai acontecer na Prefeitura a partir do dia 2 de janeiro. A população espera portas abertas, espera tranquilidade e harmonia, que as rixas políticas fiquem para trás e que agora a gente pense no povo. As pessoas cobram isso, tanto é que houve uma mudança: a Eleição com resultado jamais visto na nossa história com tamanha larga diferença”.

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Advogados aguardam início dos trabalhos de Transição de Governo

Ainda mais surpreso que os colegas estava o Servidor Público Adriano Mesquita. Ele contou que a Secretária Municipal de Administração e Recursos Humanos, Evânia Moreno, confirmou hoje que os documentos exigidos na Lei Orgânica estariam disponíveis. “A Lei é clara, mas a Transição está no escuro”, começou o membro da equipe. E continuou. “Não podemos trabalhar em cima de suposições, mas precisamos trabalhar em cima de fato concreto, ter elementos para apresentar à população e para traçar as estratégias esperadas”.

Mudar o que foi ruim, manter o que foi bom, criar laços e fazer melhor para a população

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Para integrantes da Comissão de Transição a falta de receptividade sinaliza rixa política por parte da atual Administração

De acordo com “Deivinho”, a Administração Dr. Luiz Roberto trará uma mentalidade não muito comum em cidades interioranas, a de sequenciar as boas ações do Governo que irá suceder. O membro da Comissão de Transição revelou que o Prefeito eleito pretende “manter o que foi bom, mudar o que foi ruim, criar laços” em nome de um Governo que atenda às necessidades e expectativas do povo de Três Pontas e, em especial, a comunidade mais carente.  

Até o fechamento da reportagem, às 14h50min, o quadro permanecia o mesmo, ou seja, ninguém havia se manifestado e nenhum documento público enviado à Comissão – segundo Gileno Marinho.

Nessa mesma hora, o Prefeito Paulo Luis se preparava para receber a imprensa e expor a sua versão sobre o caso. 

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