Brasil perde Carlos Chagas, “sinônimo de análises precisas e elegantes da política nacional”
Foi enterrado na tarde de ontem (26), em Brasília, o corpo do Jornalista, Advogado, Professor e Escritor Carlos Chagas. Ele passou mal pela manhã e ao ser levado ao Hospital foi diagnosticado com um aneurisma na aorta. Internado na UTI, não resistiu e morreu aos 79 anos.
Nascido em Três Pontas, Chagas se tornou referência nacional. Era considerado um dos mais expressivos jornalistas do País, sinônimo de análises precisas e elegantes da política brasileira. Foi professor da Universidade de Brasília (UnB) por 25 anos e fez carreira em O Globo, O Estado de S. Paulo, TV Manchete, RedeTV, SBT, CNT – onde criou e comandou o programa de entrevistas “Jogo do Poder Nacional”. No fim do ano passado, comunicou à emissora a decisão de se aposentar da televisão. Então, passou a escrever diariamente e publicava textos na internet e em jornais do interior.
Carlos Chagas foi assessor de imprensa da Presidência da República no Governo do General Costa e Silva. É autor de “A Ditadura Militar e os Golpes Dentro do Golpe: 1964-1969”. O livro é baseado em suas próprias memórias e nos relatos de outros jornalistas. Na obra, Chagas conta os bastidores do golpe de 1964, que tirou o Presidente João Goulart e pôs o General Castello Branco no poder.
O trespontano era casado há 57 anos com a Advogada e Psicóloga Enila Leite de Freitas e pai de Helena Chagas, ex-Ministra Chefe da Secretaria de Comunicação do Governo de Dilma Rousseff. Ele deixa ainda a filha Claudia Maria Chagas, que é Promotora Pública, além de quatro netos e dois bisnetos.
(Fonte: Correio Brasiliense/Foto Pág. Inicial: Net)